sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Herbolária

Herbolária

A HISTORIA DAS ERVAS

As ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos.

Os remédios de ervas são um sustentáculo na me­dicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão re­gistrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.

Os antigos egípcios também usaram remédios de er­vas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C.

Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e re­gistraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.

No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego.

A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem apare­cem até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, inde­pendente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou proibir.

As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nati­vas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medica­mentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá.

No ano de 1526, o anónimo Grete Herball foi o primei­ro livro sobre ervas publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi chamado de Gerardes Herball e era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.

À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Uni­dos e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas ativas e à prática da quimioterapia.

Atualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pêlos produtos derivados, e algumas pessoas (incluindo wicca-nianos, os seguidores da Nova Era e os que se voltam para a natureza) estão começando a se afastar dos medicamentos artificialmente preparados da sociedade moderna para buscar os métodos mais naturais e antigos da cura.

As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a preve­nir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença.

NOTA: muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.)

Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medici­nais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas flores­tas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando.

CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem cau­sar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado.

As ervas mais esotéricas podem ser obtidas, nos Es­tados Unidos, em lojas que vendem artigos ocultistas ou por reembolso postal (ver meu livro, The Magick Candie-buming para uma lista alfabética atualizada de fornece­dores ERVAS RITUAUSTICAS TRADICIONAIS DOS SABÁS

SABÁ CANDLEMAS: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.

SABÁ DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: bolota, quelidônia, cin-co-folhas, crocus, narciso, comiso, lírio-da-páscoa, ma­dressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.

SABÁBELTANE: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cin-co-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz saty-rion, aspérula e primaveras amarelas.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO: camomila, cinco-folhas, sa­bugueiro, funcho, cânhamo, espora, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.

SABÁLAMMAS: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

-SABÁ DO EQUINÓCIO DO OUTONO: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo lei­toso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.

SABÁ SAMHAIN: bolotas, giesta, maçãs, beladona, dictamo, fetos, linho, fumaria, urze, verbasco, folhas do carva­lho, abóboras, sálvia e palha.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.



PLANTIO DAS ERVAS LUNARES



Um número cada vez maior de Bruxos está cultivando as suas próprias ervas, seja em fazenda, pequeno jardim nos fundos ou alguns vasos de flores na janela da cozinha, e os resultados são sempre favoráveis quando elas são plantadas em harmonia com a Mãe Natureza.

A fase da lua e o signo do zodíaco em que a lua se encontra quando a erva é plantada são extremamente importantes. A maioria das ervas deve ser plantada du­rante a lua nova ou na lua crescente e no signo de Câncer, Peixes ou Escorpião.

São exceçoes:

ALHO: plantar durante a lua cheia ou crescente no signo de Escorpião ou Sagitário.

SALSA: plantar durante a lua nova no signo de Peixes, Câncer, Libra ou Escorpião.

SÁLVIA: plantar durante a lua cheia no signo de Peixes, Escorpião ou Câncer.

VALERIANA: plantar durante a lua nova ou crescente no signo de Gémeos ou Virgem.

Os compostos devem ser iniciados quando a lua min­guante estiver nos signos de Aquário, Aries, Gémeos, Leão ou Virgem.

A melhor época para fertilizar ou transplantar é quando a lua crescente está nos signos de Câncer, Peixes ou Escorpião.

Consulte sempre um calendário lunar atualizado an­tes de plantar as ervas, e evite plantar no primeiro dia da lua nova ou no primeiro dia da lua crescente.



ERVAS DOS DEUSES

Essas ervas são sagradas para os deuses e deusas cujos nomes aparecem após cada uma delas.

ACÁCIA: Al-Ozza, Buda, Neith e Osíris.

ACÔNITO: Hécate e Medeia.

PITEIRA: Mayauel.

ERVA-FÉRREA: Hércules.

ANÉMONA: Adónis, Afrodite e Vénus.

ANGÉLICA: Atlantis e Michael.

ANIS: Apoio e Mercúrio.

ÁSTER: todos os deuses e deusas pagãos.

AZALÉIA: Hécates.

CEVADA: Odin.

MANJERICÃO Erzulie, Krishna, Lakshmi e Vishnu.

BELADONA: Atropos, Bellona, Circe e Hécate.

BENJOIM: Afrodite, Mut e Vénus.

ABRUNHEIRO: a Deusa Tripla no Seu aspecto escuro e protetor.

CARDO SANTO: Pa.

GIESTA: Blodeuwedd.

CANDELÁRIA: Afrodite e Vénus.

AMENTILHO: Bast e Sekhmet.

CENTÁUREA-MENOR: o centauro Quíron.

CAMOMILA: Kamayna.

TUSSILAGEM: Epona.

CENTÁUREA AZUL: Flora, e associada aos mitos de Cyanus e Quíron.

PRÍMULA: Freya.

CROCOS: Afrodite e Vénus.

NARCISO: Prosérpina.

MARGARIDA: Afrodite, Artemis, Belides, Freya, Thor, Vé­nus, Zeus e associada a Maria Madalena, São João e Santa Margarida da Etióquia.

DENTE-DE-LEÁCh Erigida.

DICTAMO: Diana, Osíris e Perséfone.

CORNISO: Consus.

ÊNULA: Helena.

EUFRÁSIA: Eufrósina.

FUNCHO: Adónis.

FENO GREGO: Apoio.

FETOS: Kupala.

LINHO: Hulda.

ALHO: Hécate e Marte

ESPINHEIRO: Hymen.

URZE: Ísis e Vénus Ericina.

HELIOTROPO: Apoio, Helios, Ra, Sol e todos os Deuses Solares.

AZEVINHO: Hei, Mãe Holie e o Deus Chifrudo nos seus aspectos minguantes do ano. MARROIO BRANCO: Hórus.

SEMPRE-VIVA DOS TELHADOS: Júpiter e Thor.

JACINTO: Apoio, Artemis e Jacinto.

ÍRIS: Hera, Hórus, Íris e Ísis. HERA: Attis, Baco, Dionísio, Dusares e Osíris. JASMIM: Diana.

ESTRAMÔNIO: Apoio, Chingichnich e Kwawar.

ALQUEMILA (espécie de orquídea): várias Deusas da Terra e associada a Virgem Maria dos mitos cristãos.

LAVANDA: Hécate, Saturno e Vesta.

ALFACE: Adónis.

LÍRIO: Astarte, Hera, Juno, Lilith e Ostara.

LISIMÁQUIA: Kupala.

LÓTUS: Brahma, Buda, Cunti, Hermes, Hórus, Ísis, Juno, Kuan-Yin, Lakshmi, Osíris, Padma, Tara e associado ao mito de Lote e Priapo.

FETO DA AVENCA CABELO-DE-VÊNUS: Dis, Kupala e Vénus.

MANDRÁGORA: Afrodite, Diana, Hécate, Saturno e associada a Circe e à lendária feiticeira teutônica Virgem Airauna.

MALMEQUER: Xochiquitzal.

MANJERONA: Afrodite e Vénus.

MENTAS: Dis, Hécate, Mintha e associada à lenda clássica da ninfa Menthe.

VISCO: Júpiter, Odin, Zeus e associado aos mitos de Balder e Eneas.

ACÔNITO: Hécate e associado a Cérbero.

LUNÁRIA: Aah, Artemis, Diana, Hina, Selene, Sin, Thoth e todas as deidades lunares.

MUSGO: Tapio.

AGRIPALMA: várias figuras de Deusas-Mae.

ARTEMÍSIA: Artemis, Diana e associada à lenda medieval de João Batista.

AMOREIRA: Minerva e associada à lenda clássica dos amantes babilónios, Piramus e Thisbe.

VERBASCO: Circe e Ulisses.

NARCISO: Dis, Hades, Narciso, Perséfone e Vénus.

ORQUÍDEA: Baco e Orchis.

RAIZ DE ÍRIS: Afrodite, Hera, Ísis e Osíris.

VIMEIRO: Hécate.

SALSA: Afrodite, Perséfone, Vénus e associada à morte e ao diabo dos mitos cristãos.

PEÔNIA: associada à lenda de Peônio.

POEJO: Deméter.

HORTELÃ-PIMENTA: Zeus.

PERVINCA: Afrodite.

TANCHAGEM: Vénus.

PAPOULA: Ceres, Diana e Perséfone.

PRÍMULA: Freya e Paralisos.

BELDROEGA: Hermes.

FRAMBOESA: Vénus.

BAMBUS: Inanna e Pa.

ROSA: Afrodite, Aurora, Chioris, Cupido, Deméter, Érato, Eros, Flora, Freya, Hathor, Holda, Ísis, Vénus e as­sociada à Virgem Maria dos mitos cristãos.

ARRUDA: Marte

JUNCOS: Acis

CENTEIO: Ceres.

SÁLVIA: Consus e Zeus. SÂNDALO: Vénus.

PIMPINELA BRANCA: Kupala. TREVO: Trefuilngid Tre-Eochair.

SELO-DE-SALOMÃO: Vor e associado ao lendário rei Salo­mão, de Israel.

MORANGO: Freya, Frigga, Vénus e associado à Virgem Maria dos mitos cristãos.

CANA-DE-AÇÜCAR: Cupido, Eros e Kama.

GIRASSOL: Apoio e Deméter.

ATANÁSIA: associada à Virgem Maria e à lenda clássica de Ganimede.

ESTRAGÃO: Lilith.

CARDO: Thor e associado à Virgem Maria.

TRIFÓLIO: Olwen.

VERBENA: Diana e Hermes.

VERVENA: Aradia, Cerridwen, Deméter, Diana, Hermes, Ísis, Juno, Júpiter, Marte, Mercúrio, Perséfone, Thor e Vénus.

VIOLETA: Afrodite, Attis, Io, Vénus, Zeus e associada à Virgem Maria.

NENÚFAR: Surya e todas as ninfas aquáticas.

AZEDINHA: todas as Deusas Triplas e associada a São Patrício.

ABSINTO: Artemis, Diana, a Grande Mãe e todas as ninfas pagãs da Rússia.

MILEFÓLIO: o Deus Chifrudo dos Bruxos e associado ao herói grego Aquiles.



OUTROS NOMES PARA AS ERVAS

Antigamente, várias ervas e plantas, que se supunha possuírem poderes místicos, recebiam apelidos ''bruxos" Alguns desses antigos nomes ainda são usados por muitos Bruxos e herbalistas de hoje, como "grama-de-feiticeira" para a grama-de-ponta (Agropyron repens); "sinos de fei­ticeira" ou "luvas de feiticeira" para dedaleira (Digitalis);"vassoura de feiticeira" para urze (Calluna vulgaris); "er­va de feiticeira" para cicuta venenosa (Çonium macula-tum); "círio de bruxa" ou "vela de feiticeira" para verbasco (Verbascum thapsus); "bolsa de feiticeira" para bolsa-de-pastor (Çapsella bursa-pastoris); "flor de cigano" para cinoglossa (Çynoglossam officinale); "erva de cigano" para verónica (Verónica officinalis); "pé de druida velho" para estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum)*; "violeta de mágico" para pervinca (Vinca minor); e "raiz de feiticei­ra" para ginseng (Panax schin-seng).

Historicamente, a verbena (Verbena) tem sido asso­ciada à bruxaria, magia e feitiçaria; por essa razão recebeu os apelidos bem apropriados de "erva de bruxo" e "planta de encantamento". Na antiga Roma era conhecida como a "erva do bom presságio", sendo utilizada para decorar os altares dos deuses.

Muitas ervas usadas pêlos Bruxos foram colhidas, comidas ou sacrificadas em honra a certas deidades pagãs. Suas associações mitológicas estão refletidas nos apelidos:

"grupo de Júpiter" para o verbasco (Verbascum thapsus);

"raio de Júpiter" para o meimendro (Hyoscyamus níger);

"lágrima de Juno", "planta de Mercúrio" ou "lágrimas de Ísis" para a verbena (Verbena); e "barba de Júpiter" ou "olho de Júpiter" para a sempre-viva dos telhados (Sem-pervivum tectorum).

* Nome popular de três plantas norte-americanas: Alteris farinosa, Çhamaelirium luteum e Liatris squarrosa. (N.T.)

Na Idade Média, quando a Igreja Cristã ganhou po­der, as deidades de natureza pacífica da Religião Antiga foram transformadas nos diabos da nova religião, e muitas ervas, associadas aos pagãos, tomaram-se ervas do diabo e receberam apelidos como "pedaço do diabo" para a estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum), "nabo do diabo" para a briônia (Bryonia dioica)} "chapéu do diabo" para a bardana (Petasites); "erva do diabo" para o junípero ÇJuni-per sabina)\ "provocação do diabo" e "brinquedo do diabo" para o milefólio (Achilea millefolium)9, "vinha do diabo" para a trepadeira (Çonuolvulus sepium)', "maçã de satã" e "vela do diabo" para a mandrágora europeia (Mandragora officinarum); "pedaço do diabo" para o heléboro (Veratrum viride): "ossos do diabo" para o inhame selvagem (Diosco-rea villosa); "maçã do diabo" e "trombeta do diabo" para o estômago (Datara stramonium)} "olho do diabo" para o meimendro (Hyoscyamus niger) ; "excremento do diabo" para a férula (Ferula foetidá); "doce do diabo" para o visco (Viscum álbum); e "raiz do diabo" para o cacto peiote (Lophorora williamsiï).

Na Alemanha e na Holanda, a artemísia (Artemísia vulgaris) era conhecida como "planta de São João", pois acreditava-se que, quando colhida na véspera do dia de São João (Véspera do Soistício do Verão), dava proteção contra feitiçaria, maus espíritos, doenças e infortúnios.

O estragão (Artemísia dracuncuius) é muitas vezes chamado de "erva do dragão" ou "pequeno dragão"; a arruda (Ruta graveolens) é conhecida como "erva da gra­ça", e o manjericão (Ocimum basilicum) é a "erva do amor".

Círculos de cogumelos em áreas gramadas, que mar­cam a periferia do crescimento dos micélios sob o solo, são chamados de "anéis das fadas", em virtude da crença de que os círculos são produzidos por fadas aladas. Muitas ervas estão também associadas a músicas folclóricas e recebem apelidos, como "cavalos das fadas" para a erva-de-santiago (Seneció)', "dedos de fada", "capas de fada", "dedais de fada" e "luva de fada" para a dedaleira (Digita-lis); "fumaça de fada" para cachimbo de índio (Monotropa uniflora); "erva de duende" e "cauda de duende" para a ênula (Inula helenium); e "trevo de duende" para o trevo ou azedinha (Qxalis acetosella).

O visco (Viscum álbum) era erva altamente reveren­ciada nos aspectos mágico e religioso entre os antigos sacerdotes druidas da Bretanha e da Gália pré-cristãs e se tomou conhecido apropriadamente como "erva de druida".

Acreditava-se que a centáurea (Çentaurium umbella-tum) possuía grandes poderes mágicos conhecidos dos druidas, que usavam a planta como amuleto para atrair a boa sorte e repelir o mal. E muitas vezes chamada de "casco de centauro", ligada ao lendário centauro Quíron, que a utilizava para curar ferimentos de flechas.

O absinto (Artemísia absinthium) era sagrado para a Grande Mãe, sendo conhecido como "espírito- mãe".

A alquemila (Alchem illa vulgaris), uma erva silvestre europeia, passou a ser conhecida como planta mágica importante no século 16 com a descoberta do orvalho notumo recolhido das dobras em forma de funil nas suas folhas semifechadas de nove lobos. Cientistas de mentes alquímicas daquela época consideravam o orvalho subs­tância altamente mágica, e a planta logo recebeu o nome de Alchemilia^ que significa "pequeno mago".

A mandrágora, com sua raiz misteriosa com forma humana, é planta associada à feitiçaria medieval e talvez seja a mais mágica entre todas as plantas e ervas. Na Arábia, ela é chamada de "vela do diabo" ou "luz do diabo", pela antiga crença de que suas folhas brilham no escuro, fenómeno, na realidade, causado pêlos vagalumes. Os antigos gregos chamavam a mística mandrágora de "plan­ta de Circe", pois acreditavam que Circe, feiticeira que fazia encantamentos, usava infusão de mandrágora pri­meiro para cativar e, depois, para transformar suas víti­mas. A mandrágora possui vários outros apelidos, incluindo "homem-dragão", "raiz de bruxo", "anão-terra", "raiz do diabo" e "pequeno homem enforcado".



ERVAS QUE CURAM

A lista que se segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo dos tempos para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder curador das ervas utilizadas pêlos Bruxos, xamas e curandeiros. Não pretende ser um guia completo do autotratamento com ervas (os métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou emergência médica, você deverá buscar tratamento médico imediatamente.

ACNE: agrimônia, bardana, camomila, amor-de-hortelão, dente-de-leão, sabugueiro, noz-inglesa, feijão roxo, lavanda, frutos do visco, valeriana, morango-silvestre.

ALCOOLISMO: angélica, cânhamo, pimenta-caiena, matri-cária, gengibre, selo-dourado, tomilho, maracujá, quássia, groselha-vermelha, jasmim-amarelo.

ANEMIA: alfafa, alcachofra, bérberis, amora-preta, beca-bunja, pimpinela, cebolinha, confrey, dente-de-leão, ênula, feno, grego-fumária, genciana, hera-rasteira, líquen-islandês, artemísia, malvaísco, milefólio, urti­ga, quássia, erva-de-são-joão, espinafre, cálamo, to­milho, agrião.

ARTEROSCLEROSE (ENDURECIMENTO DAS ARTÉRIAS): arni­ca, alcachofra, cerefólio, dedaleira, alho, espinheiro, visco, noz-moscada, azeitona, cebola, amor-perfeito, arruda, bolsa-de-pastor, agrião, erva-de-feiticeira.

ARTRITE: amieiro, alfafa, aloé, fruto do loureiro, groselha-preta, álamo-preto, fava-dos-pântanos, bardana, bo-tão-de-ouro, pimenta-caiena, morrião-dos-passari nhos, confrey, casca de amora silvestre, filipêndula; violeta-de-jardim, alho, lúpulo, rábano silvestre, j uní-pero, kava-kava, perpétua, açafrão-do-campo, barba-de-bode, acônito, azevinho-do-monte, caruru-de-cacho, briônia-vennelha, salva, sassafrás, repolho, atanásia, tomilho, salgueiro, pírola, erva-de-feiticeira, absinto.

ASMA BRÔNQUICA: amêndoa, anis, copo-de-leite, assaféti-da, erva-cidreira, betônica, erva-impigem, vervena-azul, eupatório, bardana, goma-da-califórnia, cânha­mo, quelidônia, raiz de amora silvestre, tussilagem, confrey, cubeba, margarida, urtiga-de-anão, casca de sabugueiro, ênula, eucalipto, matricária, alho, hera-rasteira, amor-perfeito, marroio comum, rábano sil­vestre, hissopo, tabaco-indiano, estramônio, alface, lobélia, ligústica, imperatória, erva-leitosa, verbasco, mirra, urtiga, chá-de-nova-jersey, salsa, peônia, cin-za-de-espinheiro, faia-preta, trevo a vermelho, pal-meira-serra, repolho, verónica, espicanardo, drósera, verbena, agrião, cereja-preta silvestre, manjerona sil­vestre, erva-santa.

BOLHAS DE CRIANÇAS: angélica, bérberis, calêndula, alho, espinheiro, rábano silvestre, alquemila, milefólio, vis­co, artemísia, cebola, sálvia, cardo-de-são-benedito, bolsa-de-pastor, nabo, agrião.

BRONQUITE: angélica, anis, assafétida, cevada, uva-ursi-na, betônica, bago do mirtilo, álamo-preto, fava-dos-pântanos, erva-impigem, borragem, botão-de-ouro, j ataria, aipo, morrião-dos-passarinhos, trevo, cravo-da-índia, tussilagem, confrey, prímula, cubeba, dente-de-leão, ênula, eucalipto, funcho, matricária, violeta-de-jardim, alho, selo-dourado, hera-trepadei-ra, urze, cânhamo, marroio, castanha-da-índia, Uquen-islandês, líquen-irlandês, estramônio, sanguinária, alquemila, lavanda, alcaçuz, lobélia, ligústica, pulmo-nária, malvaísco, serpão, azevinho-da-montanha, orelha-de-macaco, verbasco, chá-da-nova-jersey, ce­bola, raiz de lírio, amor-perfeito, pessegueiro, tancha-gem, pleuris, prímula, rabanete, trevo-vermelho, arruda, açafrão, sálvia, erva-de-são-joão, sândalo, se-gurelha, repolho, olmo, verónica, abeto-vermelho, drósera, mirra-doce, manjerona-doce, verbena, agrião, erva-santa.

CÂIMBRAS: angélica, anis, bálsamo, beladona, betônica, sabugueiro-preto, pimpinela-branca, botão-de-ouro, calêndula, alcaravia, pimenta-caiena, quelidônia, ca­momila, coentro, prímula, casca de amora silvestre, margarida, endro, funcho, alho, meimendro, alquemi-la, lavanda, manjerona, imperatória, milefólio, agri-palma, hortelã-pimenta, rabanete, rosa, alecrim, arruda, segurelha, erva-prata, tonúlho, valeriana, menta-aquática, inhame-selvagem, pírola, aspérula, absinto.

CÂIMBRAS MUSCULARES E ESPASMOS: arnica, óleo de euca­lipto, hortelã-pimenta.

CÂNCER: cevada, erva-impigem, quelidônia, amor-de-horte-Ião, labaça, caruru-de-cacho, trevo-vermelho, eufórbio.

CASPA: piteira, camomila, hera-inglesa, feno-grego, figuei­ra, malvaísco, oliveira, quássia, alecrim, salgueiro.

CATARRO: cardo-santo, borragem, raiz de selo-dourado, língua-de-cão.

CÓLICA: angélica, anis, assafétida, cravoila, gatária, ca­momila, gengibre, hortelã-pimenta, alecrim, arruda, raiz de unicórnio.

CONDIÇÕES NERVOSAS: amendoeira, assafétida, bálsamo, betônia, borragem, gatária, aipo, camomila, espi­nheiro, meimendro, lúpulo, cachimbo-de-índio, jas­mim, lírio-do-vale, agripalma, louro-da-montanha, chá-de-nova-jersey, oliveira, amor-perfeito, maracu­já, hortelã-pimenta, pervinca, rainha-do-pântano, alecrim, arruda, sálvia, erva-de-são-joão, segurelha, scutellaricL) repolho, abeto-vermelho, tomilho, vale-nana, verbena, inhame-bravo, hamamélis, aspérula, absinto.

CONSTIPAÇÃO: piteira, amieiro, aloé, aspargo, manjericão, espadana-azul, eupatório, briônia, fava-dos-pânta-nos, bardana, evônimo-da-américa, nogueira-branca, mamona, quelidônia, centáurea, morrião-dos-passa-rinhos, chicória, pepino, dente-de-leão, apócino, mer-cúrio-de-cão, olmo, matricária, figueira, linhaça, fumitória, selo-dourado, trepadeira de cerca, mar-roio-branco, hissopo, espora, alcaçuz, óleo de linhaça, magnólia, mandrágora, malvaísco, artemísia, amo­reira, oliveira, caruru-de-cacho, prímula, linho pur­gante, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, sálvia, bolsa-de-pastor, erva-sabão, azeda, eufórbio, tamarindo, evônimo, nozes, labaça-da-água, freixo-branco, absinto.

CONTUSÕES: aloé, arnica, bálsamo-de-meca, erva-mora, vidoeiro, sabugueiro-preto, bardana, pimpinela-branca, calêndula, aipo, confrey, urtiga anã, feno-grego, figueira, linho, violeta-de-jardim, vara-doura-da, erva-roberto, língua-de-cão, hissopo, louro, perpé­tua, liabélia, manjerona, malvaísco, artemísia, urtiga, quiabo, oliveira, poejo, prímula, faia-preta, erva-de-são-joão, selo-de-salomão, catinga-de-mula-ta, tomilho, salgueiro, pírola, avelã-de-feiticeira, ab­sinto, erva-santa.

DIABETES: alcachofra, bago domirtilo, centáurea, chicória, dente-de-leão, urtiga-anã, ênula, feno-grego, linho, arruda-de-bode.juníparo, alface, núlefólio, urtiga, ce­bola, rainha-do-pântano, palmito-serra, selo-de-salo­mão, gerânio-pintado, sumagre, framboesa-vermelha silvestre, pírola.

DIARREIA' acácia, agrimônia, raiz de alume, amaranto, maçã, avenca, bérberis, manjericão, fruto do loureiro, erva-benta, betônica, bago do mirtilo, bistorta, erva- leitosa amarga, amieiro-preto, amora-preta, grose-lha-preta, nogueira-preta, calêndula, cânfora, cenou­ra, gatária, camomila, cinco-folhas, tussilagem, aquilégia, confrey, gerânio, labaça, filipêndula, alho, gengibre, vara-dourada, hera-trepadeira, erva-roberto, castanha-da-índia, menta, cauda-de-cavalo, língua-de-cão, hissope, líquen-islandês, árvore-de-judas, sanguinária, alquemila, perpétua, lisimáquia, pulmo-nária, garança, magnólia, barba-de-bode, agripalma, verbasco, amor-perfeito, hortelã-pimenta, pervinca, ficaria, tanchagem, romã (casca), alfena, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, sal­va, erva-de-sao-joão, segurelha, bolsa-de-pastor, er-va-prata, olmo, sumagre, tormentilho, vervena, cravoila-aquática, árvore-de-cera, casca de carvalho-branco, casca de salgueiro, erva-de-feiticeira, hama-méiis, vulnerária.

DIFTERIA: lobélia.

DISENTERIA: cravoila, fruto do loureiro, amora-preta, er-va-impigem, gatária, confrey, funcho, alteia, erva-de-são-joão.

DISTÚRBIOS ESTOMACAIS: camomila, goma, malmequer, menta, hortelã-pimenta, alecrim, olmo, azeda, vale-riana, milefólio.

DISTÚRBIOS FEMININOS: bérberis, trílio, tasneirinha, selo-dourado, milefólio, poejo, trílio-púrpura, erva-de-san-tiago, arruda, bolsa-de-pastor, erva-estrela, bico-de-cegonha, catinga-de-mulata, núlefólio.

DOENÇAS CARDÍACAS: acônito, angélica, arnica, aspargo, bálsamo, bérberis, betônica, bostorta, heléboro-preto, erva-impigem, borragem calêndula, cânfora, caiena, prímula, luva-da-raposa, espinheiro, alquemila, limão, lírio-do-vale, milefólio, visco, agripalma, artemísia, prímula, alecrim, arruda, açafrão, erva-de-são-joão, bolsa-de-pastor, erva-prata, valeriana, evônimo, as-pérula, semente de absinto.

DOR DE CABEÇA: angélica, anis, bálsamo, manjericão, betô-nica, vidoeiro, camomila, cânhamo, gafaria, centáu­rea, trevos, filipêndula, ferrugem, eufrásia (vermelha), funcho, matricária, gengibre, hera-trepadeira, hena, lúpulo, hera, alquemila, lavanda, lírio-do-vale, alteia, barba-de-bode, visco, artemísia, poejo, hortelã-pimen-ta, prünula, rosa, alecrim, arruda, sálvia, segurelha, bolsa-de-pastor, cardo, verbena, vervena, salgueiro-branco, pírola, aspérula, absinto, erva-santa.

DOR DE DENTE: angélica, bálsamo, pimpinela-branca, ca­momila, trevo, canabrás, gridélia, lúpulo, lavanda, verbasco, mirra, poejo, pervinca, freixo-espinhento, rosa, sassafrás, segurelha, mirra-doce, manjerona-doce, catinga-de-mulata, milefólio.

DOR DE GARGANTA: agrimônia, groselha-preta, estrela-bril-hante, bardana, confrey, gengibre, marroio-branco, limão, ligústica, malva, mirra, raiz de lírio, rosa, sassafrás, segurelha, olmo, frângula, sumaque, veró­nica.

DORDEOUVIDO: louro, alcaravia, camomila, alho, verbasco, cebola, gengibre-silvestre, milefólio.

DORES MENSTRUAIS: gatária, camomila, gengibre, agripal-ma, poejo, mirra-doce.

DORESMUSCULARESEDORES: folhas de arbor vitae, pimen-ta-caiena, hortelã-pimenta.

ECZEMA: babosa, folhas de alcachofra, folhas de amora-preta, erva-impigem, flores de giesta, bardana, botào-de-ouro, quelidônia (maior), chicória, dente-de-leão, ènula, amor-perfeito, marroio-branco, lavanda, mal­mequer, alteia, uva-da-montanha, urtiga, milefólio.

ENVENENAMENTO POR HERA: plantas de goma, impatiens pailida, estramônio, artemísia, feto-doce, erva-santa.

EPILEPSIA: alho, amor-perfeito, lobélia, malmequer, visco, artemísia, valeriana.

ERUPÇÕES: lúpulo, tanchagem.

FEBRE: acônito, angélica, maçã, cravoila, bálsamo-de-me-ca, bérberis, manjericão, vidoeiro, língua-de-passari-nho, groselha-preta, sabugueiro-preto, álamo-preto, abrunheiro, cardo-santo, eupatório, borragem, fava-dos-pântanos, pimpinela-branca, botão-de-ouro, ca-lêndula, carlina, gafaria, pimenta-caiena, cinco- folhas, prímula, dente-de-leão, rabo-de-cào, comiso, fílipên-dula, flores de sabugueiro, hera-inglesa, carvalho-in-glês, eucalipto, eríngio-feno, grego, violeta-de-jardim, ginseng, arruda

Sem comentários:

Enviar um comentário