quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

DEUSA IANSÃ,MÃE DOS NOVE ORUNS.

Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruesin
Elementos: Ar em movimento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!

O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).

Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.

A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.

Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.

O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.

Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.

Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.

Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.

Características dos filhos de Iansã / Oyá

Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.

São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.

Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.

Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.

O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

LISTA DE NOMES SAGRADOS DE DEUS.

[editar] Lista de nomes de Deus (Judaico-Cristãos)
Aará - Meu Pastor
Adon Hakavod - Rei da Glória
Adonay (חשם) - Senhor
Attiq Yômin - Antigo de Dias
Divino Pai Eterno - uma concepção a Deus Pai El (אל) - Deus "aquele que vai adiante ou começa as coisas" - ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus#Nome
El-Berit - Deus que faz pacto ou aliança
El Caná - O Deus zeloso
El Deot - O Deus das Sabedorias
El Elah - Todo Poderoso
El Elhôhê Israel- Deus de Israel
El-Elyon (עליון אל)- Deus que faz pacto ou aliança
El-Ne'eman - Deus de graça e misericórdia
El-Nosse - Deus de compaixão
El-Olan (םאל על)- Deus eterno, da eternidade
El-Qana - Deus zeloso
El Raí - O Deus que tudo vê
El-Ro'i - Deus que vê (da vista)
El-Sale'i - Deus é minha rocha, o meu refúgio
El-Shadday (שרי על)- Deus Todo-Poderoso
Eliom - Altíssimo
Elohim – (plural) (אלחים)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Eloah – (singular) (ה׀לא)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Gibbor - Poderoso
Há'Shem – (השם)- O Nome - Senhor - o mesmo que YHVH
Jehoshua - Javé é a Salvação
Kadosh - Santo
Kadosh Israel - Santo de Israel
Malah Brit - O Anjo da Aliança
Maor - Criador da Luz
Margen - Protetor
Mikadiskim - Que nos santifica
Palet - Libertador
Rofecha - Que te sara
Salvaon - Senhor Todo-Poderoso
Shadday (שרי) - Todo Poderoso
Shaphatar - Juiz
Yahweh - Javé; Deus
Yaveh (Ha'Shem) El Elion Norah -O Senhor Deus Altíssimo é Tremendo
Yaveh (Ha'Shem) Tiçavaot - Senhor das Hostes Celestiais
Yeshua - Jesus um Nome sobre todo o Nome
YHWH – (יהוה) - Tetragrama; Um nome difícil, quase impronunciável, de Deus; sempre é traduzido por Senhor.
Yehoshua - (Iesus)é o Salvador
Javé - (Ha'Shem) é a Salvação
YHWH (Ha'Shem) Eloheka - O Senhor teu Deus
YHWH (Ha'Shem) Elohim – (יהוה אלהים) - Senhor (criador) de todas as coisas
YHWH (Ha'Shem) Hosseu - O Senhor que nos criou
YHWH (Ha'Shem) Jaser - O Senhor é Reto
YHWH (Ha'Shem) Jireh – (יהוה ידח) - O Senhor proverá – Deus proverá
YHWH (Ha'Shem) Nissi – (יהוה נסי) - O Senhor é a Minha Bandeira
YHWH (Ha'Shem) Raah – (יהוה דעה) - O Senhor é o Meu Pastor
YHWH (Ha'Shem) Rafa – (יהוה דפה) - O Senhor que te sara
YHWH (Ha'Shem) Sabaoth – (Sebhãôh) – (יהוה צכאח) - Senhor dos Exércitos
YHWH (Ha'Shem) Shalom – (יהוה שלום) - O Senhor é Paz
YHWH (Ha'Shem) Shammah – (יהוה שמה) - O Senhor está presente; O Senhor está ali
YHWH (Ha'Shem) Tsidikenu – (יהוה צדקנו) - Senhor Justiça nossa; O Senhor é a nossa Justiça
Yochanan (Yehochanan)- João - no sentido de Deus se compadeceu, Deus teve misericórdia

LILITH,RAINHA DAS TREVAS.

LILITH,POMBA-GIRA DE LUCÍFER.

A POMBAGIRA LILITH A Donzela Negra. Lilith é com certeza a ancestral mais antiga da Pombagira ou Antiga Bombogira. Ela é a mãe da sexualidade humana e recebeu o dever sagrado da multiplicação e procriação. Por não aceitar nos moldes do projeto original causou desequilíbrio e foi castigada. Mas com uma evolução dolorosa tem na atuação de Pombagira uma redenção e trabalho pela manutenção da vida.

Lilith, é uma variação hebraica (e não judaica) da deusa sumeriana Lil - que significa "tempestade" -, muitas vezes reconhecida como a outra face de Inanna. Seu nome também parece estar relacionado à "coruja", provavelmente pelos seus hábitos: uma sinistra ave de rapina que se precipita, silenciosa, na escuridão, e que, não obstante, também simboliza a sabedoria. Por outro lado, o mito hebreu fala de como Lilith foi moldada de terra e esterco, provavelmente querendo refletir o potencial da terra adubada - o que a relaciona, também, com a SEXUALIDADE e FERTILIDADE.

A história que podemos lembrar de Lilith começa com Innana, a neta da deusa Ninlil, conhecida como "Rainha dos Céus". A história de Innana e Enki nos fala dos costumes sexuais sagrados, que são a dádiva de Innana para a humanidade. Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig. Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a CURA FÍSICA E ESPIRITUAL. Nessa época, o nome de Lilith era o da Donzela, "mão de Innana", que pegava os homens nas ruas e os trazia ao templo de Erech para os ritos sagrados.

Entre 3000 e 2500 a.C., os sumerianos passaram a ter contatos com culturas patriarcais. Estas, para poderem dominar aquele povo, sabiam que deveriam atacar seu maior centro de poder: o templo do sexo sagrado. Para que a conquista dos sumérios pudesse ter lugar, as culturas patriarcais interessadas começaram a disseminar as idéias de repressão sexual, combatendo como malignas as práticas sexuais milenares dedicadas à Deusa. As práticas sexuais se tornaram então parte da sombra, o poder da mulher foi identificado com o mal e o demoníaco... Daí, através dos séculos, a Donzela Lilith, que buscava os homens para o Templo de Innana, se tornou no patriarcado o símbolo do mal supremo. Ela encarna de todas as formas e por milênios o medo atávico do homem do poder sexual da mulher.

Mais ou menos em 2400 a.c. Lilith, o Espírito do Ar, foi distorcida como a primeira mulher de Adão, como encontramos em muitos mitos, como um demônio, que foi expulsa do Jardim do Éden. Lillith não é, originalmente, da mitologia cristã ou judaica (e muito menos bíblica - e por isso nem é mencionada nela). Mas encontra aqui uma personificação muito forte e pode ter realmente atuado nessa época talves numa encarnação ou simplesmente como um espírito com poderes mágicos capazes de dar a ela corpo e matéria.

Os hebreus não eram monoteístas como os judeus. Até pelo contrário: eram politeístas. E pautavam sua vida pessoal e comunitária pelos ciclos sazonais - o que os torna também pagãos. Só após a invasão e destruição de Israel pelas forças babilônicas, no século VI a.C., é que começa a surgir o Judaísmo, mais ou menos como hoje o conhecemos - monoteístas e patriarcais. Nascendo da lamentação do povo.

Os primeiros capítulos da Bíblia (Gênesis 1 a 3) não são os escritos mais antigos desse livro. Sua articulação final data mais ou menos do fim do Exílio na Babilônia e, portanto, traz uma profunda rejeição a tudo que fosse ligado ao "inimigo". A Árvore da Vida, a Serpente e até a própria figura da Mulher são tratadas com menosprezo exatamente para estabelecer uma distinção. No entanto, é interessante lembrar que o significado do nome "Eva" é "MÃE DE TODOS", e Adão significa "FILHO DA TERRA" - e isso já é suficiente para estabelecer sua Antigüidade em relação à própria Bíblia.

Certamente trata-se de um mito passado de geração em geração, via oral (como de hábito naqueles povos), que falava de uma GRANDE MÃE e de seu Filho. Os autores bíblicos inverteram a situação, transformando Adão praticamente num "Grande Pai" e Eva em sua "filha", posto que ela surge a partir dele - evidentemente, para tornar legítima a postura patriarcal que estavam adotando.

Da mesma forma, a Árvore e a Serpente - que sempre foram símbolos da Grande Deusa no Oriente - tornam-se, na Bíblia, representações do Mal - e é ai que o mito de Lilith pode ser mais bem compreendido. Obviamente, uma transição desse porte não aconteceu sem brigas, discussões e resistência por parte das mulheres. Submetê-las ao patriarcado deve ter sido um trabalho difícil e que demorou várias gerações. As mais resistentes muito provavelmente viram no mito de Lilith toda à sua força ideológica - o que também deve ter causado a reação contrária de transformá-la em um Demônio e mãe de todos os demônios.

Lilith transparece, no mito hebreu, como a mulher livre, sensual, sexual e até certo ponto selvagem. Aquela que não se submete a nenhum homem, mas SEGUE SEUS INSTINTOS E DESEJOS. Por isso ela é representada sobre leões - símbolo da força masculina. No fundo, é a mulher que todo homem deseja, mas que também teme, e por isso mesmo, parece um "demônio tentador". Lilith, na tradição matriarcal, é uma imagem de TUDO O QUE HÁ DE MELHOR NA SEXUALIDADE FEMININA - A NATUREZA DA MULHER, O PODER DO SANGUE MENSTRUAL, que é o poder da Lua Escura. O período normalmente dedicado a Lilith, naquela época, era exatamente o período menstrual.

O momento em que as mulheres poderiam ter relações sexuais livres da possibilidade de gravidez e, por isso, tais relações estariam exclusivamente ligadas ao prazer (e não à procriação, como era a perspectiva patriarcal). Assim, muitas vezes, se referiu a essa Deusa como o "Espírito Menstrual". É claro que analisado num conceito ritualístico branco e espiritualista as praticas citadas acima alem de perigosas desobedece a muitos ritos purificativos necessários para o equilíbrio espiritual.

A reação judaica foi muito rápida e fulminante: transformou em pecado e tabu o sexo no período menstrual – talvez uma artimanha para solapar o culto a Lilith, mas na minha visão um ato acertado, pois esse rito nas mãos de quem não tem prudência põe em risco todo o equilíbrio do carma planetário. A segunda foi criar "regras" para a relação sexual - particularmente, regras que garantiam o prazer masculino, mas negava e proibia o prazer feminino. No meu ver essa segunda atitude não está totalmente correta, pois se o orgasmo é mágico deve atuar na potencia dual. Nesse quadro, Lilith figurava para as mulheres como a experiência sexual capaz de integrar mente e corpo (pois estava livre da gravidez), abrindo um caminho para os tesouros misteriosos do submundo feminino.

É encarada como a mulher positiva e rebelde, a que não aceita os padrões patriarcais que marcam a menstruação com dores e vergonha. Conhecer a figura de Lilith é lembrar de um tempo no passado antigo da humanidade em que as mulheres eram honradas pela INICIAÇÃO SEXUAL, onde expressavam sua LIBERDADE E PAIXÃO NATURAL. Hoje, depois desses séculos todos de um patriarcalismo opressor, Lilith volta como uma DEUSA NEGRA, ou seja, a energia feminina trancafiada nos calabouços da psiquê de toda a humanidade: para os homens, ela é um desafio; para as mulheres, um arquétipo.

O que significa reivindicar os poderes de Lilith para a mulher de hoje? Na literatura mítica antiga havia 3 Liliths - que refletiam as fases de lua crescente, cheia e escura: A Lilith crescente era Naamah, a Donzela Sedutora é a mulher indômita, selvagem, livre, vibrante de energia, imprevisível como o vento. Sua resposta à vida é espontânea, vívida. Totalmente objetiva. Por mais bela que possa ser não anseia por estabelecer relacionamento, mas para avaliar, experimentar e descobrir suas próprias formas de ordem.

Essa entidade envolveu muitas mulheres principalmente as que freqüentavam palácios e pertenciam a Alta Sociedade. E assim lançaram muito desequilíbrio, traições e gerou guerras. A mulher mais velha pode ter sido limitada ou reprimida na juventude, e pode reivindicar a Donzela, conscientemente, para libertar seu espírito e encontrar a sua direção. Muitas crises de meia-idade são forjadas por uma Donzela enclausurada e confinada, precipitada muito cedo num casamento convencional, sem oportunidade de explorar alternativas na sexualidade ou na carreira. Mas o importante é lembrar que tudo tem seu tempo e o limite da magia é o tempo. Por isso devemos respeitá-lo sempre.

Mulheres em motocicletas, em laboratórios, estudando as florestas e matas, dançando num palco, discursando na plataforma política - elas são a Donzela. A Lilith Mãe era Nutridora no seu sentido positivo ou iluminadao.Na primavera ela abre seu corpo-terra para gerar crescimento novo e brilhante. No verão, ela envolve com braços protetores a terra ardente. Na época da colheita ela espalha amplamente sua generosidade, e, à medida que o frio aumenta, ela aconchega os animais em suas tocas no inverno, puxando as sementes para o profundo interior do seu útero até que volte a época do reverdecimento.

A Donzela pode inspirar nossos atos criativos, mas a Mãe está presente quando os produzimos. No Candomblé se identifica com Iansã. E havia a Lilith Anciã, a Destruidora: Embora a Donzela seja procurada e a Mãe respeitada, a Anciã recebe pouca atenção. Mas é na Anciã que o poder feminino realmente se torna COMPLETO. A Anciã é SÁBIA, observadora, tecelã, conselheira. Conhece os caminhos entre os mundos. Isso pode fazer dela uma personagem desconfortável, mas é um repositório de sabedoria feminina, do conhecimento acumulado da mulher que não menstrua mais, porém MANTÉM DENTRO DE SI O DEPÓSITO DO SEU PODER. No Candomblé é associada à Obaluaê em sua essência feminina, em seu lado mais evoluído no qual alcançou o nível de orixá.

Na primeira, devemos confrontar as maneiras pelas quais nós somos reprimidos, buscando recuperar nossa dignidade. Na segunda, devemos integrar o desespero que vem de nossa rejeição, angústia, medo, desolação; e na terceira descobrimos o poder da transmutação e da cura dela decorrente, uma vez que ela corta nossas falsas retenções, desilusões e nos ajuda a encontrar nossa essência livre e selvagem.

Continuando sobre a Donzela Negra... Não se enganem com o poder de Lilith elas promete prazer, ma junto vem sofrimento e dor. Aqueles que buscam tal magia estão correndo um enorme risco de perder a alma e a vida para sempre. Lilith é com certeza a Ancestral mais antiga da Bombogira, sendo esta um nível mais evoluído, ocidental e contemporâneo. Seus rituais são poderosos, secretos e perigosos. No entanto num sentido profundo de magia elementar sabemos que a Luz gera Sobras e a Sombra gera Luz. Tudo depende a fusão, reação e do envolvimento alquímico usado pelos Magos evoluídos.

OYÁ RAINHA DOS VENTOS.

Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas també é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do Deus do Fogo. Assim como a Deusa Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã=A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer. Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue o Xangô o Deus das Tempestades pedindo a ele clemência.


Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.

[editar] Brasil
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.

No candomblé a cor utilizada para representá-la é o marrom. Embora todos saibam que sua cor é o Rosa. No Brasil houve uma grande distorção com relação as suas regências e origens. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos vento e as águas, sendo mulher de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.

É saudada como "Iya mesan lorun", título referente a incumbência recebida como guia dos mortos. Iansã é associada a sensualidade, dos Orixás femininos é uma das mais guerreira e imponente.




[editar] Qualidade de Oya
Oya igbale
1 Oyà Gbale Funán
2 Oyà Gbale Fure
3 Oyà Gbale Guere
4 Oyà Gbale Toningbe
5 Oyà Gbale Fakarebo
6 Oyà Gbale De
7 Oyà Gbale Min
8 Oyà Gbale Lario
9 Oyà Gbale Adagangbará
Oya Kala
Oya Akolasun
Oya Basun
Oya Pada
Oya Funan
Oya Sonan
Oya Jebe
Oya Tanan
Oya Nita
Oya Oníra
Oyà Biniká
Oyà Seno
Oyà Abomi
Oyà Gunán
Oyà Bagán
Oyà Kodun
Oya Maganbelle
Oyà Bagbure
Oyà Tope
Oyà Sayò
[editar] Símbolos
Saudação: Eparrei Oia!
Dia: Quarta-feira.
Cores: Marrom, vermelho, rosa e branco.
Símbolos: irukerê, espada de cobre.
Proibições: Abóbora, arraia e carneiro.
Sete folhas mais usadas para Oya

Ewê inãn
Botujé
Ewê diji
Okpá orô
Ewê mensã
Tanaposó
Akoko


[editar] Arquétipo
Segundo a mitologia, os filhos de Iansã são pessoas agitadas. Diretos no que querem, não escondem sentimentos de ninguém. Uma grande ofensa a Oiá é a agressão, de qualquer espécie, aos seus filhos. O agressor terá um adversário até à morte.

Os filhos de Iansã são pessoas propensas a dar grandes guinadas em suas próprias vidas, a qualquer momento, sem se importarem com ninguém. Não gostam de se prender a ninguém pois são livres como o vento.

Suas filhas, ou mulheres que tenham Iansã póximo de si (como madrinha por exemplo ou "mãe") aqui na Terra, são mulheres sensuais, ousadas, falam o que pensam e sofrem muito, seja por qualquer motivo, especialmente no amor. São mulheres que batalham, trabalham incansavelmente, são guerreiras, lutam como peões. Geralmente esas mulheres cuidam de tudo sozinha, até dos filhos.

[editar] Lenda

Acentos de Oya igbale candomblé.Estavam todos os orixás, divindades do panteão Yoruba, reunidos em uma grande festa até que chegou Omolú. Durante todo o tempo, Omolú ficou num canto sem dançar.

Inhansã, inquieta com tal situação, aproximou-se do senhor, que usava uma roupa de palha cobrindo o rosto (e que deixava Inhansã mais intrigada ainda) e o convidou para dançar. Inhansã dançou tão rápido que vento proporcionado por seus giros levantou a roupa de Omolú que, para surpresa de todos, era um homem de extrema beleza.

O reconhecimento e admiração de todos por Omolú o deixou muito feliz, pois anteriormente era muito desprezado. Por gratidão a Inhansã, Omolú ofertou-lhe parte de seu poder, dando a Iansã a capacidade de conduzir os eguns dançando com seu irukerê. E Inhansã tornou-se assim mais poderosa e adorada.

[editar] Itan Oyá
Oya o, Oya alágbara Oh, Oya, a poderosa.
Oya a dan bina láàrin òrù, aláse biribiri Oya que brilha como fogo durante a madrugada e que possui intensa força
Oya o, Oya aláse Oh, Oya, que possui o axé.
Oya, olòre mi à jí ki, Oya, a minha benfeitora a ser louvada pela manhã.
A towo efòn gbe. Oya, que tem a força para carregar o chifre do búfalo.
Oya o, Oya aláse Oya, oh, Oya, aquela que possui axé.
Oya, tó gesin Ogún w'òlú Oya, que entrou na cidade montada num cavalo de guerra.
Oya alágbara, Oya, a poderosa.
Oya, à rèmo rè lékùn owó, Oya, que tranqüiliza os filhos, dando-lhes dinheiro.
Oya, à rèmo rè lékùn àláfíà Oya, que tranqüiliza os filhos dando-lhes àláfíà.
Oya o, Oya aláse, Oya Oh Oya, que possui o axé, Oya.
Oya alágbara inú aféfé. Oya, a poderosa que vive no vento.
Oya o Oh, Oya.
Oya alágbara obìnrín Ogun, Oya, a mulher guerreira e poderosa, esposa de Ogun
Egun dúdú orí odò Oya, orixá poderoso, sentada no pilão.
Oya a bá ní sòrò má tan ní je Oya, que fala conosco sem nos enganar.
Oya o, Oya aláse Oya, oh, Oya, aquela que possui o axé.
Oya a birun lórí bí adé e, Oya, cuja trança é bonita como uma coroa.
Oya o Oh, Oya.
Oya aláse, Oya Oya, que possui o axé, Oya.
Oya to wo èwù ilikè. Oya, que veste roupa feita de contas preciosas.
Oya o Oh, Oya.
Oya aláse, Oya Oya, aquela que possui o axé, Oya.
(A Mitologia dos Orixás Africanos, Síkírù Sàlámì - King)
[editar] Cultura afro-brasileira
Em Salvador, Oyá ou Iansã é sincretizada com Santa Bárbara que é madrinha do Corpo de Bombeiros e padroeira dos mercados, é homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara da Igreja Católica, é um grande evento sincrético, composto de missa, procissão feita por católicos e praticantes do Candomblé[1], além das festas nos terreiros, o caruru de Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê.

Segundo a liturgia católica, Santa Bárbara era uma adolescente de 15 anos muito bela e cheia de personalidade. Quando viajava, seu pai a trancava na torre para que ela não arranjasse pretendentes, pois queria ganhar um belo dote casando-a com um homem rico.

No candomblé, ela é Iansã, divindade dos ventos, raios e tempestades. Segundo as lendas yorubanas, Iansã foi mulher de Ogum. Ela o abandonou para viver com Xangô, divindade dos trovões e da justiça.

O filme O Pagador de Promessas, um drama escrito e dirigido por Anselmo Duarte e baseado em história de Dias Gomes, foi filmado inteiramente na porta da Igreja de Santa Bárbara em Salvador, Bahia[2]


Quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Bahia, Salvador, Bahia.Em 4 de dezembro de 2008 Os festejos em homenagem a Santa Bárbara começaram às cinco horas, com queima de fogos de artifício, na alvorada, em frente à Igreja do Rosário dos Pretos, onde, às sete horas, houve uma missa. Após as bênçãos, uma procissão percorreu as ruas do Centro Histórico de Salvador. O cortejo prosseguiu até o Corpo de Bombeiros, cuja corporação tem a santa como padroeira. A imagem da santa entrou na sede dos bombeiros, sendo saudada com fogos, sirene e jatos de água, deu uma volta no pátio e saiu em direção ao Mercado de Santa Bárbara, onde foi servido o tradicional caruru para os fiéis.

Iansã na Umbanda